Oi meninas,
Bom dia, hoje é dia do post mais importante da SPFW. Analisei todos os desfiles e coleções para fazer um resumo das principais tendências da próxima estação.
O verão 2014 estará nas lojas em Setembro, parece demorar muito, mas não, então nada melhor que ficar por dentro de tudo.
Eu prefiro separar por desfile o resumo de cada coleção, assim fica mais fácil analisar a imagem e interpretar todas as informações.
Espero que gostem de mais um balanço geral da SPFW.
-
-
Animale: Uma viagem à ilha de Bali é o ponto de partida para o verão da marca. As peças são assimétricas – quase não se encontra dois lados iguais – e muito leves. Engraçado como tanta informação em uma mesma roupa ou look ainda resulta em leveza e fluidez. As peças trazem estampas (lindas as florais), recortes, drapês, aberturas, bordados e zíperes e mesmo assim carregam um espírito leve e feminino.
-
-
Cori: A preocupação de deixa-la mais atual e moderna, e de trazer as vontades de hoje pra dentro dela: tiramos os excessos, deixando uma mulher menos rígida, mais descontraída… mais moderna mesmo. É notável a limpeza das formas nesta coleção — mesmo nas peças que se mantém a uma distância um pouco maior do corpo, os volumes são discretos e reais, as saias curtas com leve evasé são aposta nesta estação.
-
-
Tufi Duek: Estética minimalista do estilista rendeu formas super geométricas e precisas por toda a coleção. Os plissados, as pregas e franjas davam um tipo de efeito gráfico reforçado pelo grafismo criado pelas cores em blocos. Até mesmo as fendas, hiper exploradas, de tão retas e incisivas, destacavam o conceito geométrico da apresentação, além de claro, levar um calor danado à apresentação.
-
-
Cavalera: Uma coleção composta com muitos shorts, jaquetas, camisetas, vestidos abertos, saias, calças, bermudas, coletes, enfim, um guarda-roupa completo, ultra-colorido e estampado (prints de hibiscos, ótica, africana…). Tudo com perfume anos 70, com direito a dourado e boca de sino, mas nada fantasioso. Prontos para consumo, assim como a Cavalera quer.
-
-
Adriana Degreas: Recortes geométricos, listras, linhas retas e a composição das cores são trabalhados com precisão pela dupla de stylists, deixando a coleção ainda mais desejável e impactante. As peças p&b com tule estão entre as mais lindas e sensuais.
-
-
Acquastudio: A marca buscou inspiração no universo da alta-costura para criar uma releitura de sua própria história. Esther Bauman juntou aos seus vestidos de festa elementos da alfaiataria, que aparecem nos tecidos mais estruturados, somados ainda a um elemento navy, no que a marca define como “navy couture”. Estudando a obra de Jean Paul Gaultier, a estilista viu que “poderia fazer um trabalho lindo de listras com vieses, fazendo desenhos geométricos variados com os zibelines”. Apesar de todo o trabalho da mão de obra artesanal, característica do trabalho da marca, nesta temporada, o visual é mais “real”.
-
-
Ronaldo Fraga: Inspirado no futebol brasileiro, a marca criou bermudas, shorts e camisetas amplas e folgadas. As listras, que existiam para confundir o adversário em campo, estão em quase todos os looks. Se não é listra, é bola. E a cartela de cores, que começa nos tons dos uniformes britânicos antigos (marfim, branco, vermelho e preto), transforma-se ao longo da apresentação em uma combinação de cores vibrantes, como verde limão, pink. E que amor a bolsinha em forma de rádio de pilha.
-
-
Forum: Verão com uma festa no barco ao som de bossa nova. Os anos 1960 e o universo náutico se juntam no processo criativo para compor uma coleção muito feminina, com formas amplas e força nos vestidos, ponto forte da coleção. A inspiração navy aparece nas estampas de nós e nas golas de marinheiro.
-
-
Ellus: Uma viagem de moto pela Índia rendeu uma boa coleção para a marca, com todo o universo que já pertence ao imaginário da marca, como a estética motorcycle e a atitude urbana, com tempero aventureiro. O perfume indiano resulta em uma série bem bonita, com uma estampa que veio de uma tapeçaria que Adriana comprou e acabou virando uma estampa digital rebordada com espelhinhos. Essa parte de bordados foi toda feita na Índia e foi um processo de oito meses para ser executada.
-
-
FH por Fause Haten: Um desfile que não teve passarela e nem modelos, e sim, um pequeno tablado à frente do palco de cortinas fechadas, um grupo de manipuladores vestidos de preto e um casting de marionetes muitíssimo elegantes que caminhavam e posavam para os fotógrafos como as modelos que elas representavam. Ao final do desfile, mais uma surpresa: as cortinas do palco se abriram para revelar uma linda instalação com todos os vestidos expostos em manequins de tamanho real.
-
-
Fernanda Yamamoto: Suas mulheres – ou personagens – parecem saídas de algum filme japonês. A composição entre os tons clarinhos, a peruca colorida, as peças de organza plastificada e a trilha resultam em uma estética retrô-futurista.
-
-
Água de Coco: Desfile composto por cinco blocos de criação: o primeiro, inspirado no paisagista Roberto Burle Marx, é marcado pelas estampas de folhagens, com texturas que representam as nervuras das plantas. O segundo celebra o artesanato brasileiro e o trabalho dos irmãos Campana (coincidentemente, curadores desta edição do SPFW) em peças com tramas e estampas que remetem a cestaria. O terceiro, das frutas tropicais, tem estampas de manga, maracujá, caju e banana. O bloco das aves brasileiras traz imagens de arara azul e amarela, tucano e tuiuiú, com texturas caneladas que fazem alusão ao mar. O último, das pedras preciosas, tem citrinos e ametistas em estado bruto presos aos maiôs e biquínis. Um espetáculo de coleção!
-
-
Neon: Uma coleção ultracolorida, étnica e estampada que celebra a mulher Neon: exuberância, tops-caftans, volumes, cintura alta, pantalonas, túnicas e bons maiôs. A dupla deu uma plasticidade gráfica à etnia (tudo anda gráfico nessa estação) e fez o seu mix de praia e cidade como ninguém.
-
-
Triton: a parte mística traz um ar 90′s, raver, hippie, com bordados, estampas e formas partindo do triângulo (que representa a ligação entre passado, presente e futuro e também corpo, mente e alma). Tem neon, metalizado e tie-dye (na verdade uma estampa digital que imita a técnica artesanal), muitos bordados, que resultam nas peças mais bonitas, e estamparia. Um verão de cores fortes e shapes inusitados!
-
-
Alexandre Herchcovitch: Ao trabalhar o preto e branco, o estilista naturalmente evoluiu para uma estampa de zebra que continua a ideia das listras. Claro, não é a zebrinha usual. O preto e branco – e as listras – de novo dominam uma estação, está aqui uma maneira de usar nada óbvia e muito refinada.
-
-
Amapô: Foi ao fundo do mar para buscar tesouros que servissem de inspiração para o verão 2014 da marca. Com uma sereia inflável na passarela como decoração, aplicou um tratamento holográfico sobre o jeans ou brim, deixando-os perolados, e um efeito irregular do devorê em veludo, passando a ideia de corais.
-
-
Juliana Jabour: Em um tema pré-definido, a coleção Verão 2013/14 de Juliana Jabour teve como fio condutor uma nova interpretação dos anos 1990, na perspectiva de uma mulher “madura, forte e decidida”. No backstage, antes da apresentação, a estilista destacou uma “preocupação muito grande com a limpeza das formas, mostra um amadurecimento da marca; é uma coleção mais minimalista, longilínea, mais próxima ao corpo”.
-
-
Osklen: Mostrou justamente esse luxo tropical no qual se tornou especialista e usou as pedras preciosas (tons, lapidações, transparências) como ponto de partida para a modelagem, estamparia e cartela de cores. O resultado, como é recorrente em um desfile da marca, é um bom mix de peças usáveis e com design, que equilibram tecidos nobres e rústicos, looks monocromáticos e estampados. É o equilíbrio entre o despojado e o sofisticado.
-
-
Samuel Cirnansk: Mostra uma coleção inspirada no dia de uma flor, de seu desabrochar, passando por seu esplendor, até o momento em que ela se fecha ou morre. E os vestidos mostram esse processo com os modelos claros e leves do começo, com forma mais justa, que são as flores em botão; em seguida entram os vestidos com saias volumosas e amplas, em cores fortes, que representam o esplendor; e o final é marcado por silhuetas bem justas em dourado velho “como se a flor estivesse seca, morta.
-
-
Colcci: Uma coleção “super fresh, bem verão e fluído”, a cartela, de cores é clara, porém bem colorido. Temos um momento de branco muito forte, que acho que é a cor desejo. O verde e amarelo também aparece forte, e é bem inusitado para nós, mas tem essa coisa da brasilidade, não esquecendo do Preto e Branco que também esteve presente.
-
-
Uma Raquel Davidowicz: É uma coleção minimalista, muito leve e usável, especialmente as séries dos looks pretos e brancos. Uma marca que sempre teve um olhar mais conceitual sobre a moda, unida a uma artista visionária, resultou em uma coleção comercial, fácil de entender e de usar.
-
-
Têca por Helo Rocha: Inspirada na porcelana antiga as estampas e os bordados artesanais, com ponto Richilieu, típico do interior do Rio Grande do Norte, terra da estilista. Usando apenas agulhas, as artesãs fizeram uma combinação de pontos formando desenhos de arabescos e flores que estão na maior parte dos looks.
Há também shorts, paletós e jaquetas, mas o forte mesmo são os longos com transparências, fluídos e esvoaçantes, que fez as meninas sonharem com esse verão que se anuncia.
-
-
R.Rosner: Desconstrução do mito amoroso através da figura das princesas. Sofrimento, tristeza, insatisfação, desejo não correspondido – é uma coleção melancólica. As princesas em questão incluíam figuras de contos de fadas, como Cinderela e Branca de Neve, princesas da vida real e outras do imaginário do estilista. Cada vestido tem uma inspiração em uma princesa, daí isso se reflete em um bordado, uma forma, ou na estrutura, na cor.
-
-
Lino Villaventura: A coleção viaja na imaginação, sem esforço, apenas seguindo a vontade e buscando no acervo de imagens guardado durante uma vida, dentro do pensamento do estilista. Ele é puro instinto e intuição, trabalha com sua imaginação, com seu passado, suas histórias de vida e desejos. Suas roupas são riquíssimas, adornadas por bordados, plissados, estampas e tecidos nobres, e o desfile sempre traz uma dose de drama.
-
É isso meninas!!! Fiquem ligadas que mais tarde tem mais post e sorteio no Instagram (@laylamonteiro)
Beijos, beijos
Layla